terça-feira, 16 de dezembro de 2008



Hey folks,

Aqui vai uma dica muito legal para conhecer o trabalho de jovens artistas...é o Ateliê Fidalga! Eles tem um trabalho de pesquisa e produção super legal, já pude participar algumas vezes e acho ótimo que ainda existam grupos e iniciativas como essa. Entrem no site e caso queiram mandar alguma mensagem na página tem um link para contato ok!?

Um abraço,

Bruno Mendonça

São Paulo Magazine

Hello people!

Aí vai o site do nosso querido amigo e colaborador Flambart.



Para quem quiser um flash mande um e-mail para coletivolet@gmail.com.
Ah! é sempre bom fazer um marketing!

See ya!

Equipe Let.

EXPOSIÇÃO GALERIA VIRGILIO

Olá a todos,

O Coletivo Les Enfants Terribles tem o prazer de divulgar a exposição coletiva do Ateliê de Fabio Miguez no espaço O_Barco, na Galeria Virgilio. A nossa colega Camila Nassif expõe seu mais novo trabalho que consiste em instalações/esculturas feitas de papéis coloridos transparentes das mais diversas gramaturas e tipos. Fabio Miguez possui um grupo de estudos e produção dentro da Galeria Virgilio, essa exposição apresenta o trabalho de 1 ano de produção de 6 artistas no espaço O_Barco.




Exposição Coletiva - O_Barco
Realização e Organização: Fabio Miguez e Galeria Virgilio
Colaboração: Bruno Mendonça (Coletivo Les Enfants Terribles)

Até+

Equipe LET

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

PARALELA 2008






Olá gente,

Acabou nesse final de semana (07/12) a exposição Paralela 2008 - De Perto e de Longe.
Com curadoria de Rodrigo Moura, a exposição apresentou obras de 61 artistas contemporâneos brasileiros representados por 11 galerias.
Tive o prazer de trabalhar neste evento como "quebra-galho" (isso não é negativo).
A equipe da Paralela 2008 foi muito bacana e eu gostaria de deixar um grande abraço para Arturo Gamero, Mariana Gatti, Marcos Farinha, Raquel Garbelotti, Kleber Lucin, Camila Nassif, Gustavo Dória, Felippe Moraes e Sandra Cinto. Obrigado a todos!
Bem, mas para quem quiser saber mais sobre a exposição pode entrar no link do site oficial que é: http://www.paralela2008.blogspot.com/

Até+

Bruno Mendonça

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

PRÊMIO!!!!



Hey people!

Então, estou aqui com um pouco de atraso (quase 1 mês) para dizer que o meu trabalho de pesquisa desenvolvido em conjunto com a designer Ariane Cole e que foi apresentado no P&D 2008, ganhou o Prêmio de Menção Honrosa na categoria Iniciação Científica.
Obrigado a todos que nos deram força durante este trabalho!

Um grande abraço,

Bruno Mendonça

PALESTRA



Olá gente!

Vou postar aqui (depois de um século) algumas fotos da minha palestra na IV Jornada de Iniciação Científica da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Então, fui convidado pelo evento para falar do meu trabalho de pesquisa como discente dentro do Núcleo de Audiovisual Mackenzie vinculado ao CNPQ. Dentro do grupo desenvolvi um trabalho com a publicitária Fernanda Nardy sobre o Audiovisual como Experiência Interdisciplinar. O produto final deste trabalho foi a produção de 6vídeos. A próxima etapa agora é exibir os vídeos para o grande público.
O projeto de pesquisa e produção integrou as performances A Via Passageiros e Ata-me
desenvolvidas por Fernanda Nardy e Wilton Azevedo e que foram apresentadas no decorrer do ano de 2008 em São Paulo no Centro Histórico Mackenzie e com uma pequena temporada no Uruguai.

Fotos da Palestra - IV Jornada de Iniciação Científica UPM
(obs: as fotos não estão muito boas pois era proibido fotografar!)















fotos > Silvana Cruz

Abraços,

Bruno Mendonça

EMPOEIRADO

Olá gente!

Nos desculpe pelo desaparecimento e por termos deixado isso aqui meio empoeirado!
Mas é que esse final de ano realmente foi uma correria...
O nosso colega Bruno Mendonça super envolvido com seus projetos em comunicação, Bug com seus estudos em cinema e Flambart com suas fotos ótimas, logo colocaremos um post atualizando a todos sobre nossas atividades paralelas.

Agora vamos colocar o coletivo e o blog para rodar novamente! Ah! e em 2009 pretendemos divulgar bem mais o nosso espaço aqui, para isso contaremos com a ajuda de todos ok!?

Um grande abraço,

Equipe LET

domingo, 31 de agosto de 2008

EVENTOS...




Olá Pessoas!

Então...nesse segundo semestre de 2008 vou participar como palestrante de dois Congressos. Dois trabalhos meus na área de audiovisual que trabalham com a questão do design, principalmente na linha da antropologia visual foram selecionados!
O primeiro Congresso acontece agora dos dias 2 a 4 de Setembro na Universidade Presbiteriana Mackenzie, é a IV Jornada de Iniciação Científica UPM, com apoio do CNPQ. Minha palestra vai ser sobre "o audiovisual como uma experiência interdisciplinar", apresentarei uma parte do trabalho ainda em andamento A Via Passageiros e Olho Mágico que são dois projetos em colaboração com o NAU (Núcleo de Audiovisual da Universidade Mackenzie).
Bom caso seja interessante aí vai as informações:

Palestra - "O Audiovisual como uma experiência interdisciplinar" com Bruno Mendonça
Dia 03/09
Local: Universidade Presbiteriana Mackenzie (Auditório Wilson de Souza Lopes).
Horário: 09:00
Gratuíto

O outro Congresso é o P&D 2008 - Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design.
Irei apresentar minha pesquisa Registros da Alma sobre as obras gráficas do designer e artista plástico Wesley Duke Lee. Essa pesquisa foi financiada pelo CNPQ e foi orientada pela designer Ariane Cole.
O evento acontece de 8 a 11 de Outubro de 2008 no Centro Universitário SENAC (Campus Santo Amaro). Em breve coloco a programação completa do evento.
O site do P&D é: http://www1.sp.senac.br/hotsites/peddesign2008/pt_home.htm

Se alguém quiser conversar sobre os trabalhos, as palestras e os eventos, o meu e-mail é brunoprop@yahoo.com.br.

Um grande abraço;
Bruno Mendonça

MUY BUENO



Olá gente, desculpe a demora nas postagens mas é que estamos muito ocupados, cada um com seus respectivos trabalhos, porém sempre tem que sobrar um tempinho para passar por aqui.
Dessa vez vou passar uma relação de artistas muito interessantes e seus respectivos sites que o coletivo achou durante algumas pesquisas em revistas como ROJO, I-D, Wallpaper e Simples. Os trabalhos desses artistas são muito bons e eles trabalham de forma muito interdisciplinar, relacionando arte+moda+design+arquitetura+música...enfim...estéticas bem bacanas!

MUY BUENO by Les Enfants Terribles:

Stefan Sagmeister
www.sagmeister.com

Maywa Denki
www.maywadenki.com

Yosuke Bandai
http://yosukeito.hiho.jp/workss.html

James Dawe
Portfolio pela Pocko People:
http://www.pocko.com/pockopeople/artist/james-dawe/
site oficial:
www.jamesdawe.co.uk/

Maria Donata Napoli
http://www.mariadonatanapoli.com/

Walter Pfeiffer
http://www.walterpfeiffer.com/

Vincent Fournier
http://www.vincentfournier.co.uk/

COLETIVO D-E-S-A-S-T-E-R
(Melanie Bonajo, Tobias Nölle, Dalf aka Tinguely, Tom Huber, Filip Schürman, der Alexan).
http://www.d-e-s-a-s-t-e-r.ch/

Bom espero que gostem das dicas, é gente nova produzindo, muy bueno!

Grande abraço
Bruno Mendonça

domingo, 27 de julho de 2008

RELEASE CLÁUDIA DOREI




O advento do myspace é simplesmente incrível! Um dia desses durante minhas garimpadas pelo site me deparo com uma voz, uma descoberta, seu nome é Cláudia Dorei. Encantamento imediato diante de tanta sutileza e delicadeza. Bem, a semana passa e no final dela sou surpreendido por um flyer em meio a um evento divulgando o show da cantora no SESC Pompéia, não hesitei, obviamente fui.
A ida ao show foi uma viajem mais que prazerosa, me senti como em um vídeo de Marcellvs L., uma leveza seguida de uma força, um vazio seguido de uma presença constante, não vejo tais palavras como contradições, são apenas sensações evocadas por sua música. Em meio a trompetes, ecos, distorções, beatbox e afins, acho que posso resumir dizendo que a música de Cláudia Dorei deixa uma melancolia gostosa.
Entrei em suas poesias, conheci o repertório dessa carioca da contramão e me deixei levar pelo seu clima aéreo que se faz presente, uma sensação mais que necessária em tempos tão fugazes.
Bem, a dica é essa,Cláudia Dorei. O myspace do projeto é http://www.myspace.com/claudiadorei.
O cd da cantora ainda não está na praça mas por enquanto ficamos com as pérolas que ela tem para nos dar!

Por Bruno Mendonça

FOTOS - PERFORMANCE SESC POMPÉIA

Sei que já faz um tempinho que rolou a performance no Sesc Pompéia, mas resolvi colocar as fotos no ar só agora...na verdade havia me esquecido disso!
Bem, a performance Romeu Pós Cyberpunk foi concebida pelo performer Júlio Razec para a Exposição Vida Louca, Vida Intensa - Uma Viagem pela Contracultura.
A performance trata das relações na era da internet e seus desdobramentos além da linha tênue entre o acaso e o exato.

Equipe:
Júlio Razec (UNESP)
Bruno Mendonça (MACKENZIE)
Eduardo Garcia (USP)

FOTOS:















Por Bruno Mendonça

quinta-feira, 24 de julho de 2008

VERBO 2008

Acabou nesse último final de semana a mostra de performances VERBO idealizada pela Galeria Vermelho.
A mostra tem se tornado um expressivo festival de caráter nacional e internacional em relação a prática da performance no Brasil.
Nessa última edição da VERBO tive o prazer de participar da performance do artista Renato Hofer - 10X10 Cadernos Instantâneos; foi muito interessante e fiquei muito conectado com o conceito criado pelo artista.
Para saber mais sobre a performance entre em http://www.agenciaverbo.com/amostra/mostra2008.asp?idioma=pt&id_artistas=214&cursorPosicao=1
Além disso o artista escreve sobre design em seu blog renatohofer.blogspot.com

Aqui estão as fotos da performance:





Bom um grande abraço a todos;
Até+
Bruno Mendonça

FLICKR - BRUNO MENDONÇA

Olá pessoas!
O blog anda meio desatualizado não!? Mas é que tiramos umas férias e estamos nos dedicando a outros projetos...
Bem, para isso aqui não ficar mais às moscas resolvi fazer um marketing e colocar o link do meu flickr com os meus trabalhos mais recentes de colagens.

www.flickr.com/photos/brunomendonca

Logo logo mando mais novidades!

Um abraço a todos;
Bruno M.

domingo, 8 de junho de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

LOUNGE EXPO NO OTTO BISTROT!


LOUNGE EXPO

O coletivo Les Enfants Terribles apresenta o projeto Lounge Expo agora em novo local.

DIA 23/05 - 20:00 no OTTO BISTROT
Rua Pedro Taques 129 - Consolação

Exposição de Flávio Tenguan, Bruno Mendonça, DUO (Flambart e Kiki Ekman) e o projeto Quentinhas.
Colaboração: André Blanco e Dudu Rosa
Abertura: Projeto Sonoro de Duh Imbelissieri
Apoio: Bia Goll e Ana Tabanez

segunda-feira, 7 de abril de 2008

COLETIVO!


NOME: COLETIVOS, SENHA: COLABORAÇÃO
Ricardo Rosas - Site Rizoma www.rizoma.net

A recente onda dos coletivos artísticos e ativistas (ou "artivistas") no Brasil tem chamado a atenção da mídia mainstream para um fenômeno de proporções bem maiores e razões mais profundas que a vã filosofia dos cadernos culturais poderia imaginar. Pouco compreendida, a dinâmica destas articulações chega assim maquiada com um verniz espetaculoso e superficial que, ao que parece, tenta esconder o pano de fundo crítico e instrumental desses grupos. Muitas vezes passageiros como um casual flashmob, outras vezes organizados e duradouros como uma associação, tais ajuntamentos são na verdade indícios de uma mutação maior que está se dando tanto na esfera tecnológica quanto na social.


Coletivos, em si, nada têm de novo. Já são uma tradição na arte, na literatura, que percorreu todo o século vinte, aqui como lá fora. Segundo o historiador de coletivos artísticos Alan Moore (1) , seu ponto de partida foi logo após a Revolução Francesa, com os estudantes de Jacques-Louis David, os barbados, ou "Barbu", que formaram uma comunidade criativa que viria a ser chamada de Boêmia, espécie de nação imaginária espiritual de artistas -cujo nome provinha de uma nação de verdade e geraria a idealização do estilo de vida "boêmio"-, compondo um contraponto à academia oficial. Desde então, o fenômeno tem ocasionalmente se repetido ao longo da história da arte, como o Arts and Crafts na Inglaterra vitoriana, dadaístas, situacionistas, Fluxus, numa lista quase infinita de grupos dos mais diversos tipos. No Brasil, eles remontam ao século dezenove, com o grupo dos românticos em São Paulo, os grupelhos de poetas simbolistas, os modernistas da década de 1920, o grupo antropofágico, os concretistas nos anos 1950, o coletivo Rex de artistas na década seguinte, 3Nós3 e Manga Rosa na década de 1970, Tupi Não Dá, ou os mais recentes Neo-Tao e Mico, entre inúmeros outros.


O que diferencia a atual voga de movimentações coletivas no Brasil são o caráter político de boa parte delas, assim como o uso que muitas fazem da internet, seja via listas de discussão, websites, fotologs e blogs ou simplesmente comunicação e ações planejadas por e-mail.


Na Europa e nos EUA, a fusão de arte e política já estava presente nos dadaístas e surrealistas, e representou o ponto fundamental dos situacionistas no pós-guerra, e desde então essa mescla tem se dado em vários grupos que atuam na fronteira ativismo/arte, como o Arte & Linguagem, Art Workers Coalition, Black Mask, neoístas, Gran Fury, Group Material, PAD/D, Guerrilla Girls, ou os mais recentes Luther Blissett Project, RTmark, Etoy, Critical Art Ensemble, boa parte destes últimos atuando diretamente com alta tecnologia, no que se tem atualmente denominado de mídia tática.


Se essa junção sempre esteve presente lá fora, o atual beco sem saída do neoliberalismo parece haver despertado a consciência de vários grupos no Brasil, que passaram a criar fora das instituições estabelecidas com performances, intervenções urbanas, festas, tortadas, filmagens in loco de protestos e manifestações, ocupações, trabalhos com movimentos sociais, culture jamming e ativismo de mídia. À diferença dos coletivos high tech europeus e americanos, os coletivos brasileiros atuam nos interstícios das práticas tradicionais da cultura instituída, em ações até agora de um víes mais low tech.


Mesmo assim, a maioria deles surgem ou agem graças à internet. Alguns, como o Expressão Sarcástica, Vitoriamario, Poro, TEMP, BaseV, ou Cocadaboa, possuem seus próprios sites. Outros, como o CORO, um grupo que pretende mapear todos os coletivos em ação no Brasil, ou a Universidade do Fora, entre outros, funcionam com lista de discussão. Blogs também hospedam grupos com identidade virtual à Luther Blissett, como o Ari Almeida ou Timóteo Pinto, enquanto os fotologs tem servido como meio de divulgação de coletivos como o Radioatividade, ou grupos do stencil e do sticker (adesivo) como Faca, Coletivo Rua, SHN, entre dezenas de outros.


Se a tecnologia não é fundamento básico destes grupos para ações tipo hacktivismo, net arte ou similares, é por meio dela, contudo, que se dá a dinâmica de ação e propagação das atividades destes grupos na vida real. Pois uma palavra-chave de todos estes coletivos é a colaboração. Espécie de buzzword atualmente, a colaboração, bem como termos irmãos como livre cooperação, comunidade, interação e rede são senhas para uma transformação que está se dando em escala global.


Foi a colaboração que permitiu o surgimento de movimentos massivos como os protestos "anti-globalização", bem como a organização de festas-protesto como as do Reclaim the Streets, ou ainda a publicação aberta da rede Indymedia. A divisão de tarefas, o compartilhamento de valores e a liderança coletiva caracterizam em grande parte essas organizações cuja tradução mais exata é a filosofia do open source.


Inicialmente restrita ao círculo de programadores e geeks, a idéia da criação coletiva e distribuída que caracteriza as comunidades Linux e software livre tem virado fonte de inspiração para grupos os mais diversos que estão se voltando para este modo de trabalho como um modelo viável e menos restritivo, não-hierárquico.


Tive recentemente a oportunidade de participar de uma conferência sobre o tema na universidade de Buffalo, NY. Chamada "Redes, arte e colaboração" ("Networks, art and collaboration"), e organizada pelo artista e professor de novas mídias Trebor Scholz e por Geert Lovink, net crítico e teórico de mídia tática, a conferência teve o mérito de reunir diversos ativistas, teóricos e artistas que trabalham colaborativamente, e pautou por abordar diversas facetas da questão, como o conflito com os interesses financeiros das grandes instituições do capitalismo, os conflitos internos dentro da dinâmica coletiva, ou as diversas iniciativas em áreas que vão das artes à educação, da criação em rede à distribuição livre de conhecimento.


O tema é quente o bastante para gerar semanas de debates acalorados, mas aqui se limitou a um final de semana onde se sucederam mesas abertas, performances e apresentações de projetos. Teóricos e historiadores de arte ativista em coletivos como Gregory Sholette, Alan Moore e Brian Holmes, grupos como Critical Art Ensemble e Guerrilla Girls, net críticos como McKenzie Wark, ou o teórico maior da colaboração online, o alemão Cristoph Spehr, estiveram presentes. Spehr, autor do cultuado livro Die Aliens sind unter uns! ("Os alienígenas estão entre nós!"), tem servido como o melhor tradutor da mecânica funcional do código aberto (open source) para o campo da política, da organização social, e da economia.


Entre alguns pontos fundamentais, Spehr defende a noção de que as relações devem se basear na liberdade e igualdade de uns para com os outros e com a cooperação; que regras devem ser estabelecidas, negociadas (e cumpridas) para que a cooperação funcione; que conflitos que surjam ao longo dessas negociações podem construir o respeito mútuo, a independência na cooperação e nos tornar mais fortes; e que organização, lealdade para com as pessoas, não com as instituições, e auto-confiança, são elementos essenciais.


Em seu livro, num estilo que remixa ensaio e ficção científica, grupos colaborativos independentes e autônomos seriam os grandes monstros que ameaçam o atual estágio do neo-liberalismo corporativo. Espécie de alienígenas no meio da lógica capitalista da competitividade e das redes de "cooperação forçada", os coletivos colaborativos autônomos atuam numa esfera que transcende a mercantilização e podem efetuar uma troca auto-sustentável que, se aplicada em larga escala - o que para muitos é pura utopia - , correria o risco de transformar totalmente a paisagem social, econômica e política do planeta. Comunismo open source? Talvez, pelo menos é o que Spehr acredita, com um otimismo desafiante, o mesmo que o faz organizar a conferência anual “Out of This World” em Bremen, onde junta programadores, ativistas, escritores de ficção científica, filósofos e teóricos para debater a aplicação do código aberto à transformação social visando o futuro.


Por outro lado, o capitalismo há muito já aprendeu a trabalhar em rede. O fenômeno dos coletivos de livre cooperação na esfera artístico-ativista encontra seu paralelo nos grupos criativos de trabalho descentralizado e flexível produzindo para o mercado. Como diz o teórico Brian Holmes num ensaio sobre a questão (2), esse tipo de organização característica da produção imaterial no atual estágio capitalista do pós-fordismo, seria o da "personalidade flexível", adaptativa e versátil em sua atuação profissional, a qual, obviamente não excluiria sob hipótese alguma a competição ou o controle pela vigilância, ainda que à distância. Para combatê-la, só um ativismo "flexível" que, mesmo por sua característica cooperativa e autônoma, se adaptasse à configuração de um mundo cada vez mais baseado em redes, distribuído em setores terceirizados, "aparentemente" independentes.


Em se tratando da internet, o crescente uso das redes de compartilhamento peer-to-peer, weblogs, software livre, listas de discussão, publicações abertas tipo slashdot, wiki ou Indymedia, as bibliotecas online de livre acesso, foruns e todas as outras formas operacionais das comunidades na rede estariam abrindo o caminho para essa transformação pelo trabalho colaborativo que os ativistas e coletivos de hoje usam como tática de resistência e cuja disseminação compartilhada podem ter consequências ainda imprevisíveis.


Como diz Geert Lovink em seu último livro, My First Recession, a cultura da internet "é um meio global no qual redes sociais são moldadas por uma mistura de regras implícitas, redes informais, conhecimento, convenções e rituais coletivos" (3). Procurar entender o atual fenômeno dos coletivos ignorando essa dinâmica de código e cultura, ou seja, modus operandi, instrumentos, ativismos e lutas democráticas face a uma crescente repressão na guerra global do capital, equivaleria a esquecer por completo a senha na hora de logar. Esqueceu sua senha?

1. Moore, Alan. “General Introduction to Collectivity in Modern Art”, em http://www.journalofaestheticsandprotest.org/3/moore.htm

2. Holmes, Brian “The Flexible Personality”, em http://www.noemalab.com/sections/ideas/ideas_articles/holmes_personality.html

3. Lovink, Geert. My First recession, Nai Publishers, pp. 23-24.


Links:

Networks, Art and Collaboration – www.freecooperation.org

Conferência Out of This World - www.outofthisworld.de

Expressão Sarcástica - www.sarcastico.com.br

Vitoriamario - www.scheloribates.cjb.net

Poro - http://poro.redezero.org

Temp - http://enemy.widerstand.org

BaseV - www.basev.has.it

Cocadaboa - www.cocadaboa.com

Grupo CORO - http://br.groups.yahoo.com/group/coro-coro/

Universidade do Fora - http://br.groups.yahoo.com/group/universidadeperiferica/

Ari Almeida - www.delinquente.blogger.com.br

Timóteo Pinto - www.timoteop.weblogger.com.br

FACA - www.fotolog.net/faca

Coletivo Rua - www.coletivorua.blogger.com.br

SHN - www.fotolog.net/shn

terça-feira, 1 de abril de 2008

Quem é quem...

O Coletivo Les Enfants Terribles é formado por André Blanco, Bruno Mendonça e Fernando Flambart.
Esse post é quase um "BO" dos integrantes, para você conhecer mais sobre essas figuras!

André Blanco - Mais conhecido como BUG, André começou sua carreira como DJ,atividade que continua até hoje. Já passou por diversas casas de São Paulo ou como DJ convidado ou como residente em algumas.
Paralelamente possui um trabalho em design. Tem uma série bem interessante de fotografias em que trabalha com a semiótica, tocando em questões como a manipulação e a autoria das imagens. Atualmente é formando na Universidade Mackenzie no curso de Publicidade e Propaganda.


Bruno Mendonça - Formado em Artes Visuais no IDARTE (Instituto de Desenvolvimento Artístico de São Paulo) que é comandado pelo designer e publicitário Gustavo Hasten Reiter, Bruno começou a trabalhar na área de comunicação, começando como estagiário no MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo). Após esse período entrou na Universidade Mackenzie no curso de Publicidade e Propaganda. Alguns meses depois foi contratado pela Universidade Mackenzie como Pesquisador. Atualmente é pesquisador cadastrado pelo COPQ/CNPQ na área de Comunicação e Artes. Paralelamente a isso tem um trabalho autoral em artes plásticas e audiovisual e realiza trabalhos na área de comunicação.


Fernando Flambart - Formado em Artes Plásticas pela Universidade de Bordeaux - França, Flambart se tornou conhecido na década de 80 no eixo Rio-São Paulo pelos seus trabalhos com música. Depois disso começou a se interessar por fotografia, atividade que realiza até hoje. Possui um trabalho sólido em fotografia já tendo realizado trabalhos para várias áreas, como moda, design, publicidade, fotografia de arte, eventos sociais, foto-jornalismo, etc.
Para conhecer mais de seu trabalho entre no site: http://saopaulomagazine.multiply.com/


Para entrar em contato conosco: coletivolet@gmail.com

Até a próxima!

NOVA FASE !


O Coletivo Les Enfants Terribles agora parte para uma nova fase!
Nossa parceria com a Toy Lounge chegou ao fim...
Após 1 ano de muitas exposições, festas, shows, vernissages, drinks, ressacas e o mais importante amigos, o projeto Lounge Expo está partindo para outra!
Nossa vontade de tornar o projeto mais comercial e com a proposta de atingirmos outro target foi o que nos moveu a tomarmos essa decisão.
Agora o projeto vai atuar a partir desse mês no Otto Bistrot, Rua Pedro Taques 129, no Bairro da Consolação - Centro. Comandado por Ana Tabanez, Bia Goll e o stylist e sommelier Dudu Rosa, o local faz frente ao perímetro das artes + underground nessa região, juntamente com os bares Exquisito, Drosophila, a Funhouse e a Galeria Polinésia.
Estávamos precisando respirar novos ares...
Mas agradecemos muito a oportunidade que a Toy Lounge nos deu, foi incrível, e os amigos que fizemos lá. Toy Lounge...muito obrigado!

Bom, é isso...
Em breve colocaremos um post com mais informações sobre essa nova fase no Otto Bistrot.

Até +

segunda-feira, 24 de março de 2008

OLÁ!


Oi pessoal!

Esse post é para nos desculparmos pelo atraso nas postagens do blog.
Mas em fevereiro montamos a expo da Denise Alba na Toy Lounge e o restante do mês mais o mês de março tiramos um tempo para resolvermos questões de logística e estruturação do projeto além de projetos pessoais!

Agora o coletivo continua suas atividades mas por enquanto só pela internet, pois encerramos nossa parceria com a Toy Lounge. Em breve publicaremos um post sobre isso.

Agradecemos a compreensão!

Caso queiram nos contatar só para dar um oi:
coletivolet@gmail.com

Abraços

DENISE ALBA


Olá pessoas!

Encerrou no último final de semana a expo da Denise Alba na Toy Lounge dentro do projeto de curta duração Cubo de Ensaio.
Queremos agradecer a artista pela colaboração, sensibilidade e prestígio e dar parabéns pelo seu belíssimo trabalho!
Com a exposição de Denise Alba o coletivo encerra suas atividades na Toy Lounge.

Ah! E como a artista anda super bombada no meio cultural, ela já estréia uma nova exposição esse mês! Para quem não teve a oportunidade de ver na Toy aí vai a dica!
O flyer está aí em cima...

EM BREVE COLOCAREMOS AS FOTOS DA EXPO DE DENISE ALBA NO FLICKR DO COLETIVO!
Links sobre a artista: http://www.flickr.com/photos/imagensempiricas/
http://www.myspace.com/denise_alba
www.oversonic.com.br/denisealba/

Até+

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Morre cantor francês que inspirou a bossa nova


Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil


O cantor e compositor francês Henri Salvador, nascido na Guiana Francesa, faleceu na manhã desta quarta-feira aos 90 anos, por uma ruptura de um aneurisma cerebral, informou sua gravadora.



Durante 60 anos de carreira, Salvador, tido como um dos grandes intérpretes da canção francesa, cantou com grandes nomes da música internacional e brasileira, como Gilberto Gil e Caetano Veloso.

Henri Salvador tinha uma forte ligação com o Brasil. Sua cançãoDans mon île, de 1957, teria influenciado Tom Jobim no nascimento da bossa nova.

Além disso, ele ficou conhecido do público brasileiro na gravação da música Reconvexo, na qual quando Caetano Veloso canta ""quem não sentiu o suingue de Henri Salvador?"

Em seu álbum Révérance, de 2006, por exemplo, várias faixas foram gravadas no Brasil, com arranjos de Jacques Morelembaum e a participação de músicos como João Donato e Jorge Helder.

O disco também apresenta duetos com Caetano Veloso e Gilberto Gil.

Nos anos 40, Salvador fez uma turnê pela América Latina com a orquestra de Ray Ventura e permaneceu no Brasil por quatro anos, na época da Segunda Guerra Mundial. Ele retornou ao Rio somente décadas depois para gravar Révérance.

Seu disco anterior Chambre avec vue, lançado seis anos antes, com influências do jazz e da bossa nova, foi um grande sucesso na França e em vários países.

Durante o Ano do Brasil na França, em 2005, Henri Salvador inaugurou o show com grandes nomes da MPB que ocorreu na Praça da Bastilha, por ocasião das festividades nacionais do dia 14 de julho, data que marca a Revolução Francesa. O presidente Lula compareceu ao show.

Veterano da canção popular francesa, Henri Salvador, havia se despedido recentemente dos palcos em um show no Palais des Congrès de Paris, em dezembro do ano passado.

Salvador compôs e interpretou grandes sucessos da música popular francesa, como Zorro est arrivé, Le lion est mort ce soir, Une chanson douce, entre outros.





http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/02/080213_obitohenrisalvador_df.shtml

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Vestido de Noiva





SATYROS + NORMA BENGELL NO ITAÚ CULTURAL - NELSON RODRIGUES


Uma pequena fresta de luz num universo urbano tão idiotizado e reaça.
Entre "jovencitos" que crescem deformados por tanto terem recebido a "radiação de Tchernobyl cultural"... Disney, MTV popppy, Aguilera, "Britta", Desperate Housewives, o tal de Darko, BBB, Fantastic Four, Spiderman, X-Men e todo o lixão cinematográfico sem epónimos... obras apócrifas, Friends e todas "séries" trash da Sony, Warner, e todos canais gênero Rupert Murdoch, Viacom e outros "Berlussolinis" (mix de Berlusconi e Mussolini para quem não entendeu ou "não sabe" do que se trata).
Enquanto muitos "tem vergonha" da cultura brasileira (quelle honte!) e preferem beber em fontes de águas paradas e turvas, os Satyros apresentam um verdadeiro "produto de exportação" oriundo de terra brasilis... Satyros + Nelson Rodrigues + Itaú Cultural... oxigênio em meio ao marasmo dos emocores subnutridos pela "dieta do palhaço" (McDo + Giraffa's, Burger King) e por tantos Miojos... "tá de zoa ou tá de boa"? F*ck off alfaces andantes, f*ck off Miojo-Man!
Comida "fast-food" cocozenta que o acadêmico americano (Harvard) Harvey Levenstein chama de "gastro-anomia", jeu de mot com "gastronomia". Anomia vem do grego "nomos", lei, regra. Anomia é a falta de regras. Muito se diz que a arte contemporânea institucionalizou a "anomia". A falta de regras (anomia) teria se tornado a regra.
Levenstein aborda o lixo alimentar em seu livro "Paradox of Plenty: A Social History of Eating in Modern America".
Um problema crucial resultante dessa subnutrição (tanto do ponto de vista alimentar quanto cultural) reside no seguinte fato: a malnutrição crônica não gera sentimento de fome, isto é, um malnutrido crônico, está "sob ilusão"... anestesiado (sem "aisthesis"... estética, como diria Baumgarten, fundador da estética... hello! estética não é limpeza de pele e depilação de buço... estética é filosofia da arte... vide Kant, Hegel, etc).
Repita essa técnica de "esvaziar uma pessoa" ao longo de três gerações malnutridas subseqüentes... da nonna e nonno aos netos. Resultado: ao longo de três gerações de "burricos" você obterá escravos perfeitos... bob'alegres e semianalfabetos. Uma maravilhosa força-tarefa. Em São Paulo fará um sucesso, entre empáfia tão "gentlemaníaca". Os neo-escravos são quietinhos e não são desbocados, não sinhô. Silencioso exército lazarento. Viva a noite! Viva! Viva! Viva! Escravos, robots, zumbis com feições humanas. Sempre estarão de zoa e de boa... dançando a dança da galinha azul e escutando Arctic Monkeys e o que mais estiver no "sub-hype" da época. Época do vazio (Lipovetsky). Viverão uns 60 anos e padecerão de cancer com patrocínio Phillip Morris. Replicantes. Quero comprar um idiota. Será que está à venda no Carrefour? O artista de Nice, Ben Vautier, assinou e expôs um mendigo numa galeria. Eu quero assinar e expor um "teenage riot". Perdão... "riot"?! Riot de que?! Complexo de "Peter Punk" ou Peter Pan. Na boa... wake up Zumbi Nation! Dezumbifique sua vida new-zumbi! Desligue esse blog e vá ler um livro!
New metal? New rave? Prefiro um new-foxtrot futuro. Prefiro New-ton, Isaac.
A bove ante, ab asino retro, a stulto undique caveto... tenha cuidado com o boi pela frente, tenha cuidado com o asno por trás (coice) e tenha cuidado com os imbecis por todos os lados; já advertiam nossos antepassados, séculos atrás.
Viva a arte! Noção tão vaga, tão distorcida em nossas terras tapuias.
Tristes trópicos! Tristes caboclos neo-mazzaropianos que se imaginam "Lagerfelds".
Tamoios que acham que são londrinos... como dizia Paula Toller (sic)... "é o cara que só dá esmola pra mendigo em Londres e , e no Rio cospe no chão".
Patética dança da auto-negação. Tempo perdido. Geração perdida.
Os locutores de rádio em SP tem mais sotaque texano que os próprios texanos. Patético. Acham que estão falando "ingrês" mas estão pagando um mico federal. O conglomerado francês Nova (Radio Nova + TSF Jazz) toca mais música brasileira autêntica (Pixinguinha, Dom Um Romão, Paulinho da Viola, Spok Frevo Orchestra, João Gilberto, Astrud Gilberto, até mesmo Norma Bengell cantando "Fever") que as rádios de SP. O que está havendo? Somos macacos de imitação, monkey see - monkey do, pastichando as migalhas culturais que são derramadas, Península de Yucatan abaixo?
Na Radio Nova pode tocar, por exemplo, Of Montreal, Rosin Murphy e em seguida João Gilberto. Laurent Garnier, Amon Tobin (brasileiro) e Velha Guarda da Portela.
Nas rádios de SP toca... Guns'n'Roses, Arctic Monkeys e Jennifer Lopez. Canções de ninar para homo trogloditicus. Sad but true... como dizia aquela musiquinha do Metallica.
Em terra de cego quem tem olho é rei, alardeia o dito popular. Vox populi.
Todavia... em terra de cegos que insistem em continuarem cegos... quem tem olho é taxado subversivo e logo execrado... em terra de cegos convictos, quem tem olho pode até ser linchado. Alienistas e alienados tem unhas afiadas.
Felizes artes cênicas... com satirianas e rodrigueanas.
O Itaú Cultural lava nossa alma de nossa lágrimas sociais.
Nos propicia "alimento para a alma" enquanto estamos acostumados com migalhas de Cheetos gorduratransusentas. Cheetos e pipocas coloridas que nem meu cachorro come. Faz boca de Mister Magoo e cospe.
Viva Itaú Cultural! Lifebuoy em meio à tempestade de merda que nos emerda.
Sai da lama "teenzada" jacaré! Parem com o roque-roque do ratinho. Rock é legal. Eu amooo rock'n'roll. Sou filho do rock. Legítimo. Vira-lata legiítimo. Mas... c'mon... tocar rock nacional também é legal. Proponho um "DJsafio" (um desafio pros DJs)... tocar a excelente banda gaúcha Pata de Elefante. Tocar uma música antiga do De Falla de Edu K (como "Eu Não Amo Voce"), tocar "Jack Kerouac" do Gang 90. Tocar e dar espaço às bandas novas para que elas possam mostrar em proscênios ou grandes palcos onde suas almas cheiram a talco - como cantava Gil, toda sua arte musical. Tantas bandas novas legais. O "pobrema" (quem diz que tem um "pobrema" não tem um... tem dois) é que voce liga 89FM, MTV Brasil, etcetera e tal, e só ouve jabá. Música jabadélica. Ou é aquele "BRock" gênero Barão Vermelho, Ultraje; ou o "new rock" (CPM22, Charlie Brown Jr, NX Zero). This is not rock'n'roll and I don't like. Vamos tocar a música "Soltaram!" do Pata de Elefante. Isso sim. It's only rock'n'roll and I like it. Let's roxxx!
Vejam o vídeo do Pata no link:
http://www.youtube.com/watch?v=VmCQ2EInWsE
Precisamos (sim... o verbo é: "precisar") romper o lacre do silêncio anestesiante e botarmos a boca no trombone. Precisamos de novos confrontos USP versus Mackenzie na Maria Antonia... precisamos dar as caras, dar nomes aos bois. Crescer e aparecer.
Precisamos voltar ao ano de 1969 que não existiu no Brasil. O AI-5 nos deixou imóveis no âmbar de dezembro 1968. Estamos parados no tempo desde então.
Não tente mudar o "mundo". Tente mudar s-e-u mundo.
Você tenta sair do gueto mas o gueto está dentro de sua cabeça, como diz D2.
Essa transição ocorre primeiro na esfera pessoal. "Just do it"... diz o slogan da Nike. Que tal: "just think"... somente pense?
Precisamos tirar o vestido de noiva e rompermos o casamento. Fazer as coisas voltarem aos trilhos.
Precisamos despertar e nos aceitarmos... caso contrário... sempre seremos cópias mal feitas do que já foi feito em paises de língua inglesa, a "anglosfera".
O mundo está esperando, ansioso, o Brasil despertar.
Nelson Rodrigues é um dos expoentes desse despertar de um gigante.
Esse despertar não pode ser travado por "agentes da ignorância", Jornal Nacional, Revista Veja, Diogos Mainardis, Gasparetos e sua fajuta física-quântica-besteirol, Hebes Camargos e todo o ódio secular das "elites" (Claudio Lembo is right), Jotas Quests, Shows do Tom", Faustão, BBB 69, seguidores dos seriadozinhos da Sony, e toda indústria subcultural de massa, indústria da alienação pesada... que vende sonhos de autorealização irrealizáveis dentro de um "sub-american way of life" e que faz, por exemplo, que Ivette Sangalo ganhe 400 mil reais por show. Como dizia Aracy de Almeida... "não vale nem dois mangos".
Os quase 3 milhões de brasileiros que vivem fora do Brasil não imigraram somente por questões financeiras. Há uma parte de "exílio cultural". Aqui estamos próximos de uma "idade-estética zero"... marionetes miamizadas em farrapos, anêmonas anêmicas pseudo-goth, rockers com nariz de Chico Bento, platinum-blonde com bigode português.
No Brasil gostamos de criticar pejorativamente Cuba. Há mais brasileiros em exílio que cubanos. Há inúmeros brasileiros que juraram, dedos cruzados, jamais recolocarem os pés no Brasil. O "patropi" cantado por Jorge Ben está enfraquecido pela ignorância parasitária, e patati e patata. Vamos buscar o Brasil profundo, como no programa (extinto) de Regina Casé... vamos buscar o "Brasil que o Brasil não conhece"; e vamos sistematisar a semiótica que resultará desse fortuito encontro, reformulando-a em arte... arte universalisante, para export' ou não.
Vire as costas para Londres, L.A. e NYC. Olhe de frente seu vizinho.
Isso tudo não é, absolutamente, uma questão de nacionalismo. Nacionalismo não faz sentido num mundo globalizado e acêntrico. Nacionalismo é uma faceta e um resquício de um sentimento tribal, das cavernas.
A letra "Imagine" de John Lennon é um hino à aldeia global, uma meta, indiscutivelmente. A questão que abordo não é de cunho nacionalista mas de qualidade de vida, de dignidade, de completarmos a transição de "miquinhos amestrados", de "fashion week" inverossímil, com menos de 10% de negros e índios na catwalk, para "semana da moda" com cara de gente, que reflita toda nossa diversidade multiculturalista. Vivienne Westwood passou por aqui na primeira semana de moda de 2008 e ficou chocada. Onde está o Brasil? Por que continuam a esconder a senzala? A senzala é muito, mas muito mais interessante que a "casa grande". Por que varrer para baixo do tapete? Tenho vergonha de minha cidade com a visita de Westwood. Tenho vergonha das "elites" e tenho orgulho do "povo"... justamente "le peuple" que é banido, vetado e expurgado por uma "elite" burra e tacanha que gasta 50.000 reais em "embrião de boi" e vira as costas para a cultura. São tão "americanizados" (aliás... Miamizados) que não percebem que os ricos americanos investem zilhões em universidades, museus, centros culturais. O que, por exemplo,o grupo Pão de Açúcar faz pela cultura? Você já soube de algum membro da famiglia Scarpa na Casa da Xiclet? Quem tá do outro ladro do vidro fumé, do "glass-ceiling" não desce. Quem tá desse lado não entra. Saímos do Muro de Berlin e passamos pro vergonhoso Muro do Mexico e sobrevivemos em nosso jour le jour nas brechas do Muro de Vidro desse aquário social que se tornou nossa rocambolesca e mirabolante sociedade ocidental.
Gilles Lipovetsky está certo quanto ao Império do Efêmero, mas Houellebecq também está... a indústria da moda reutiliza uma estética facisante e arianizante. A indústria engatinhante da moda brasileira, quando usa e abusa dessa estética facisante, além de provocar malaise social, é sintomática de como as pessoas são jecas e analfas.
Isso não é uma questão subjetiva, de julgamento de gosto (julgamento estético). Isso é uma questão política. Contrariamente ao que muitos brasileiros foram pouco a pouco sendo conformados a acreditar... política se discute sim. Não em termos de "Eu gosto da Heloísa Helena. Você gosta do Brizola?"; mas em termos de escolhas pessoais. Essas escolhas também envolvem escolhas estéticas, que por sua vez repercutem em questões políticas. Círculo vicioso, cobra mordendo o próprio rabo. Já reparou que todo filho de milico gosta da mesma coisa? Que às vezes todas as pessoas de um bairro, ou de uma cidade pequena, tem "gostos" (julgamentos estéticos) similares?
Precisaríamos de um ambiente cultural interno homeostático.
Não conseguimos obter "autosuficiência" em nossa arte pois não criamos, recriamos copiosamente o que vem dos States.
Surge um The Rapture. No ano seguinte várias bandinhas em SP tocam igual ao Rapture. Surge Knoxville e o Jackass. No ano seguinte aparecem varios jackassesinhos no Gordo Freak Show. Em 2030 surgirá em Londres uma "The Band" e todos, em 2031, tocarão em São Paulo como a The Band. Enquanto isso, a "New Banda de Pífanos de Caruaru On The Block",da época, estará fazendo - não o mesmo som - mas um som autêntico há décadas. A Banda de Pífanos de Caruaru é, aliás, o Kraftwerk brasileiro. Não tecnológico, mas naïf... kings of the stone age. Sim, a banda de pífanos é a versão BR do Krafwerk. Azymuth que nada!
Pegue uma revista nacional dos anos 80. Em seguida, dos 90. Veja como toda a estética publicitária, todos os grandes temas levantados refletem as revistas americanas de, respectivamente, 75 e 85. Temos o time-lapse de um quinquenato. Cinco anos retardados. Eu voltei da França em agosto 2004. As músicas que chegaram aqui em dezembro 2005, aproximadamente, eram migalhas esfareladas dos hitlists do verão de 2004 (julho) na Zooropa. Benny Benassi, por exemplo, julho 2003 na França (a faixa data de 2002 em sua Milão de origem) e julho 2006 no Brasil. Os farelos eram os menos nutritivos, os nutrientes substanciais tendo ficado por lá mesmo.
Mais que um genérico, recebemos um placebo insosso do que é produzido lá. Não copiamos a receita, nem os ingredientes, nem o modo de preparo... copiamos a geometria das migalhas, sem buscarmos comprender nem conteúdo nem contexto nem correlações, somente apreendemos a forma numa geometrização hipernaïf.
Por isso que grande parte de nossa fotografia "tropical" não tem composição, por exemplo. Ficamos retesos no verniz da superfície e não vemos o fundo em nossa miopia (shortsightedness) patológica de Maga Patológica. Para os incautos de plantão, fotografar é "dar um clique", não é f-a-z-e-r uma foto. O energúmeno fotografa como quem coloca uma margheritta no microondas. Seus ídolos são Anne Guedes e Lachapelle (por ter feito o "crip" da "Britta"), odeia Salgado porque ele "'ixprora' os pobre'". O sujeito tanto poderia estar consertando uma máquina de lavar quanto fotografando. Faz um "X", dá um belo sorriso (sic) e olha bem pra câmera. Pé-de-pato, mangalô, três vezes! Como dizia Zé Simão (sim, eu realmente adoro citações)... o Brasil só tem duas saídas: Galeão e Cumbica.
Nesse movimento de fagocitar migalhas transatlânticas pisamos nas nossas riquezas.
Fortunadamente guardamos e preservamos algumas de nossas maiores riquezas que constituem nosso PATRIMÔNIO cultural. Não, "patrimônio" não é coisa do demônio; nem "democracia" coisa "do demo" como sugeriam os militares.
Um dos expoentes de nosso patrimônio artístico e cultural é Nelson Rodrigues e toda a obra rodrigueana, um legado para todas gerações futuras. Parte do inconciente coletivo brasileiro. O inconsciente coletivo brasileiro não é o Agnaldo Timóteo, como proclamam alguns, nem "A Mão Invisível do Mercado" é um filme-B, mas um livro sobre economia.
De tanto olharmos pelo binóculo, esperando a chegada das caravelas, num sebastianismo cultural sem fim (Sebastião is dead... nas areias do Alcácer-Quibir). Somente vemos miragens de caravelas, pois elas nunca mais voltarão. As caravelas somos nós, e agora precisamos caminhar rumo a nosso próprio destino como civilização. Uma civilização propriamente brasileira. Como propunha Glauber Rocha, uma "civilização atlântida", diferente de tudo já existente. Nem Europa, nem Africa, nem Asia... uma novíssima América.
Não poderemos obter "autosuficiência" cultural se não nos aceitarmos; não podemos nos aceitar enquanto tivermos vergonha. Dizem que o argentino é o italiano que acha que é inglês mas na verdade é quechua ou aymara. Uma pessoa para ter noção do outro, da alteridade, precisa primeiro ter noção de si-mesmo. Se não tivermos noção de nossa(s) própria(s) cultura(s) não poderemos ter noção de outras, sempre caminharemos na vaghezza, na superficialidade, na "idade mental de um DiskMTV".
Será que hoje, 2008, se Chico Science e o manguebeat estivessem começando agora, será que as pessoas se interessariam? Será que o manguebeat em 2008 seria pauta do dia na mídia? Será que votariam em "A Cidade" no DiskMTV? Como disse Lobão na KissFM há poucos meses... "se o mais ousado que nós temos é o Cansei de Ser Sexy, então estamos fu* e mal pagos".
Essas questões sao estratégicas, geopolíticas. Nada tem de subjetivas. Nem mesmo por oposição ao falso-objetivismo paulista. Tarefa de casa para adido cultural com Adidas no pé e gingado sambalelé.
Em Brasilia estão lutando por isso. Em Washington estão lutando por isso, seja em governo do G.O.P. (Grand Old Party... Partido Republicano) e mais ainda em administração democrata. Fortalecer a cultura brasileira não é antiamericano. O que é bom para o Brasil é bom para os Estados Unidos. Em Bruxelles estão lutando por isso, idem e ibidem... por exemplo, no tratado de Diversité Culturelle da UNESCO ratificado pelo Ministro Gilberto Gil.
Somente nossa mentalidade subalterna e amestrada e servil oferece obstáculos.
Viva Nelson Rodrigues! Como dizia Chico Science (eu adoro citações, né)... viva Zapata, viva Zumbi, todos os Panteras Negras!
Nelson Rodrigues arrasa! Me lembro que nos anos 80, as "empregadinhas" (politicamente incorreto, scusa) liam Sidney Sheldon. Hoje o brazuca lê, por exemplo, "O Segredo" e não percebe que está sendo enganado. Como dizem alguns "entrepreneurs" americanos... "a cada segundo nasce um otário".
Estou vendo uma entrevista na TV Cultura com o excelente cientista político Bresser Pereira, ex-Ministro da Fazenda na administração Sarney. Ele tocou num ponto muito importante. De início, afirmo que as opiniões / interpretações de fatos aqui abordados, em minha verborréia verborrágica refletem somente MINHA opinião/análise. Em hipótese alguma eu poderia falar em porta-voz de outrem. Escrevo em meu nome. Eu não sou anti-americano. Muito ao contrário. U.S.A. são um dos países que eu mais amo. Durante o governo Clinton, Carter e até mesmo alguns momentos do governo Reagan tivemos momentos de "orgasmo"... momentos em que toda a humanidade deu grandes passos, com a ajuda e orientação desses grandes líderes.
Hoje, após sete anos de governo Bush... jamais, após o séc. XIX, a influência internacional americana, nos corações e mentes, esteve tão baixa. Precisamos ocupar, na medida do possível, esse vácuo deixado. Isso é uma questão estratégica. Para figurar na ordem do dia. Bresser-Pereira tocou nesse ponto na TV Cultura, em sua interview com Abujamra. Com o advento do multiculturalismo como padrão comportamental mundial, estamos numa excelente conjuntura internacional na qual o Brasil pode dar passos históricos rumo a uma nova civilização brasileira. Somos um dos B.R.I.C., Brasil - Russia - India - China, uma das quatro novas superpotências mundiais no séc. XXI. Estamos com a faca e o queijo na mão, só não podemos virar goiabada-cascão e não podemos deixar os alienados interferirem no curso desse destino como nação. Fazemos parte da Lusofonia, da união entre países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Galiza, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste), o que representa um mercado de quase 300 milhoes de consumidores. Sexto idioma mais falado no mundo após, sucessivamente do primeiro ao quinto... mandarim, espanhol, inglês, árabe, hindi. É incompreensível que, nessa união que pouco lembra a Commonwealth britânica, poucos brasileiros conheçam, por exemplo, a cantora caboverdiana Césaria Évora (sucesso entre a "juventude dourada" de Paris mas que no Brasil seria considerada "brega" pelo povo Babado Novo e/ou CPM-22), e que também seja ínfimo e infinitesimal o número dos que conheçam o escritor moçambicano Mia Couto. Toca música de Angola em nossas rádios? Nas rádios francesas toca, e eles não falam português. Como está o intercâmbio universitário com Moçambique? Como podemos expandir nossa influência cultural nesses países e em suas regiões geopolíticas adjacentes? Lembro de uma frase de Georges Clemenceau, antigo presidente da França. Essa frase faz parte do filme "Dr. Strangelove" de Kubrick. A frase é: "La guerre! C’est une chose trop grave pour la confier à des militaires". (A guerra é uma coisa excessivamente grave para ser deixada nas mãos de militares). Precisamos tomar as rédeas de nossas reservas culturais, não podemos permitir que o manancial desse rio caudaloso da cultura plural e pluralista de nossa grande nação comece a evaporar pelo descuido e descaso dos alienados e alienistas. Precisamos ocupar essa terra e faze-la novamente fértil, muito fértil culturalmente... um "think tank" cultural. Questão de gosto? Não, de política. De qualidade de vida. É chato ser chato... mas às vezes precisamos ser um pouco spin doctor, ainda mais quando é para o bem coletivo.
Quero ver a boys band "Arctic Monkeys" fazer um cover de "51st State of America" do New Model Army, ou de "Holiday in Cambodia" dos Dead Kennedys.
Enfia a good Charlotte where the sun don't shine!
Viva Zapata! Viva Zumbi! Todos os Panteras Negras! Viva Nelson Rodrigues! Viva Norma Bengell! Viva os Satyros! Viva o Itaú Cultural! Viva Les Enfants Terribles!
The revolution will not be televised. Gil Scott-Heron está certo.




Esperando unfolding events... desde já parabenizo Barack Obama... Obama President! Espero que, se realmente eleito, em sua inauguração (em português dizem "posse" - sic) haja um show de "Tati Quebra-Barack". Não teve graça, nao é. Eu sei.
Inté...
Beijunda no cuore, dear fellows.
(Alguem tem o filme "Mutum" da Sandra Kogut para me emprestar?)


* Na foto... Nelson Rodrigues. Em suas próprias palavras, ele era um homem da época em que "os telefones eram pretos e as geladeiras brancas". Uma outra frase rodrigueana que muito me agrada é "toda unanimidade é burra". Espero que um dia não sejamos unânimes sobre esta frase. rsrs







OS SATYROS NO ITAÚ CULTURAL!

O Itaú Cultural convida a Companhia de Teatro Os Satyros para uma nova encenação da peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. A montagem, que é dirigida por Rodolfo García Vázquez - um dos fundadores da companhia -, conta com a presença da atriz Norma Bengell, que encenou o texto em 1975, inaugurando o Teatro Nelson Rodrigues.

A obra, apresentada pela primeira vez em 1943, é uma tragédia sobre a memória de Alaíde, mulher recém-casada que sofre um acidente e é submetida a uma cirurgia. A história não corre linearmente, mas dividida em três planos: memória, alucinação e realidade. Para essa encenação a companhia propõe uma abordagem contemporânea do texto original ao mesclar os planos e usar recursos tecnológicos.

O Instituto retoma, com este evento, uma leitura de trechos do texto de Nelson Rodrigues, promovida em junho do ano passado, durante a programação de relançamento da Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro.

Vestido de Noiva
de Nelson Rodrigues
direção Rodolfo García Vázquez

sexta 8 a domingo 17 19h30 | sp
sala itaú cultural [255 lugares]
Itaú Cultural avenida Paulista 149

[ingresso distribuído com meia hora de antecedência]

classificação indicativa: 16 anos

ficha técnica

elenco
Cléo de Paris
Ivam Cabral
Nora Toledo
Alberto Guzik
Silvanah Santos
Phedra D. Córdoba
Laerte Késsimos
Gisa Gutervil
Denis Guimarães
Lara Giordana
Paulo Ribeiro
Renata Novaes
Ricardo Leandro
Thiago Guastelli

participação especial Norma Bengell

cenografia Marcelo Maffei
figurino Silvanah Santos
iluminação Rodolfo García Vázquez
vídeo Laerte Késsimos

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

ESTREIA SÁBADO - 9/02


Coletivo Les Enfants Terribles apresenta:

CUBO DE ENSAIO

O Coletivo Les Enfants Terribles deu início a um novo projeto, CUBO DE ENSAIO entra no lugar do Lounge Expo ocupando o lounge da Toy.O projeto tem o intuito de funcionar como um local de experimentação, que com o auxílio de artistas convidados, pretende que se dê vazão a diferentes processos criativos.O projeto CUBO DE ENSAIO funcionará como um ateliê vivo dando mais espaço a interatividade e ao trabalho de novos suportes.

DENISE ALBA

Denise Alba, artista plástica, auto-didata.
Atualmente tem se destacado na fotografia e colagens, e vem desenvolvendo trabalhos gráficos para bandas. Entre seus principais clientes estao as gravadoras FNM- Universal Music e Som Livre.
Tambem produz books alternativos para modelos (retrô, punk, rock, etc).
Suas principais influências estão na música, cinema, São Paulo e nos artistas plásticos emergentes como Anke Merzbach, Vorfas, etc.
Seus trabalhos tem sido mostrados em diversas revistas especializadas em arte e design, como Zupi, Idea Fixa, Simples, A5, etc.
Embora tenha desenvolvido um estilo e uma maneira particular e conceitual nos seus trabalhos, está em constante evolução em sua arte, a qual vem desenvolvendo continuamente.
Denise Alba expõe na Toy Lounge até 15 de março, não perca!

http://www.flickr.com/photos/imagensempiricas/

A Toy Lounge fica na Rua da Consolação, 2900 - Jardins SP.
http://www.toylounge.com.br

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Músicas


Sei que fazer propaganda está despropagandeado, mas eu gostaria de sugerir minha página no YouTube, onde muitas músicas estão disponíveis.
Podem visitar, participar, elogiar, xingar, comentar.
O link da "TVFlambart" é:
http://www.youtube.com/TVFlambart
Abraços.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Teatro - Divinas Palavras


No dia 19, estive no Espaço Satyros, que fica localizado ali na Praça Roosevelt, 214 para a re-estréia da peça "Divinas Palavras", texto do dramaturgo espanhol Ramón Del Valle Inclán.Adaptado e traduzido por Rodolfo Garcia Vazquez e Ivam Cabral, os "cérebros" que estão por trás dessa companhia de teatro, que para mim, é a melhor "iniciativa cultural" que aconteceu em São Paulo nos últimos anos.Digo isso porque o grupo Satyros não foi só o responsável pela revitalização de uma das áreas mais perigosas do centro de São Paulo (A Praça Roosevelt - que antigamente era tomada por marginais), como também leva todo o mérito em suas montagens pela criatividade, dinâmica e beleza de suas montagens.
Divinas Palavras trata do abuso de um deficiente, que é "aproveitado" pelo seus "amigos" e familiares para conseguir esmolas, todos moradores de uma praça fictícia onde imperam a promiscuidade e o crime.
A peça acaba de ser indicada a 20ª edição do Prêmio Shell de Teatro de São Paulo, em duas categorias: melhor atriz - Nora Toledo e figurino - Márcio Vinícius.
No elenco de atores estão: Silvanah Santos, Alberto Guzik, Ivam Cabral, Cléo De Páris, Nora Toledo, Laerte Késsimos, Phedra D. Córdoba, Angela Barros, Daniel Tavares, Fabio Penna, Marba Goicocchea, Mariana Olivaes, Soraya Aguillera e Tiago Leal.

Vale citar ainda a presença do governador José Serra que também foi prestigiar a noite e foi curioso vê-lo acomodado nas humildes e não muito confortâveis instalações do teatro.

Agora corra porque a peça estará em cartaz em curtíssima temporada, somente até domingo, dia 3 de fevereiro, na sexta e sábado às 21h30; e domingo às 21h00, com ingressos ao preço único de R$10,00.

Visite o site e conheça mais sobre o trabalho do grupo!
www.satyros.com.br

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

CUBO DE ENSAIO - PAREDE UVA

Nesse final de semana, mais precisamente no sábado (26/01) estréia na Toy Lounge mais uma obra pertencente ao Coletivo Les Enfants Terribles referente ao projeto Cubo de Ensaio.

A instalação "Parede Uva" apresenta algumas colagens feitas pelo grupo. Utilizando-se de revistas e jornais o Coletivo pretende samplear as informações da mídia e retoma-las de outra forma num movimento de Ctrl C Ctrl V deturpado.

Algumas trágicas, outras reflexivas, outras apenas estéticas, o negócio é montar uma antropologia visual ao espectador que brincará com esse quebra-cabeça através do olhar!

A obra ocupa apenas uma parede, a outra parede ficará disponível para a artista surpresa do mês de fevereiro...em breve divulgaremos mais...

Logo logo postaremos fotos da instalação no flickr!

Quem der uma passada na Toy Lounge visite a instalação e para quem nunca foi ou já foi mas não vai faz tempo é mais um motivo para dar um pulo por lá!

Serviço:
Toy Lounge - Projeto Cubo de Ensaio by Coletivo Les Enfants Terribles (Parede Uva)
Rua da Consolação 2900 - São Paulo /SP
telefone: 3083-2502
http://www.toylounge.com.br/

Entrem em nosso flickr:
www.flickr.com/photos/lesenfantsterribles

Esperamos vocês lá!

Programa Cultural para o Final de Semana!







Olá pessoal!

Aí vão duas dicas bem legais para quem ficou em São Paulo nesse feriado do dia 25!

A primeira é a exposição "Looks Conceptual Ou Como Confundi um Carl Andre com um Pilha de Tijolos" (sim esse é o nome da exposição!)

A exposição que mistura Arte Contemporânea, Design e Multimeios está em cartaz na Galeria Vermelho, Rua Minas Gerais 350 (ali pertinho do Milo!) de 18/01/2008 até 16/2/2008, se você for aproveite também para comer alguma coisa no superbacana restaurante SAL que fica também no pátio da Galeria ok!?

OBS: A foto aí de cima é do Coletivo Los Super Elegantes. É o registro em foto de uma performance realizada em 2005 chamada The Technical Vocabulary of the Interior Decorator.

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A outra dica é a exposição super rápida Belezas e Desastres que acontece no MUBE (Museu Brasileiro de Escultura) até 5/2.
A exposição é uma pequena mostra do fotografo norte-americano David LaChapelle...
Ele é praticamente o novo "Andy Warhol" (pop) e já retratou artisticamente diversas celebridades e artistas consagrados de nosso tempo. Além disso já realizou trabalhos memoráveis na área de propaganda tendo entre seus clientes Motorola, Siemens e L´Oreal!
O artista também ficou conhecido pela sua direção em videoclips, os vídeos estarão na exposição também além das fotografias...
Vale a pena conhecer esse universo onírico e pop de David LaChapelle!

Serviço:
Até 5/2 de terça a domingo das 10h às 19h.
MUBE - Avenida Europa 218 Jardim Europa
telefone: 3081-8611
ENTRADA FRANCA.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Fotografia - Johann Fournier


Ether Elegia é o Website do fotógrafo Johann Fournier, o frances faz uma fotografia que mescla elementos do barroco e do surrealismo e pitadas de artistas como Joel Peter Witkin quando se aproxima do chamado "bizarro", Jan saudek pela influencia nas cores, principalmente e Sally Man no realismo fantástico das imagens.Com muita poesia o artista traz o universo do "faz de conta" para seu trabalho, mesclando modernas tecnicas de pintura, colagens, cut-outs e edição digital em suas fotografias.Magritte e Dali se encantariam! :)

Confira:
http://www.ether-elegia.com/

domingo, 20 de janeiro de 2008

Art Shay E Sua Fotografia de Simone de Beauvoir Nua



Art Shay E Sua Fotografia de Simone de Beauvoir Nua



Há pouco tempo li um artigo no Nouvel Observateur sobre fotos de Simone de Beauvoir, autora do Deuxième Sexe e madame Sartre (ela detestaria assim ser "definida"), nua em uma sala de banho.
Apresento minha tradução livre desse artigo no Nouvel Obs datado de 03 janeiro 2008 e assinado por Shay, Art... o próprio.
Ele é Shayart e eu sou Flambart.
Espero contar com suas reações ao texto de Shay por email (flambart@gmail.com) ou como preferirem.
O artigo original, em francês, se encontra no seguinte link da edição online do Nouvel Obs:
http://tempsreel.nouvelobs.com/actualites/culture/20080115.OBS5331/photo_de_simone_de_beauvoir__art_shay_raconte.html
Obrigado pela leitura e pela atenção.

Flambart
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POLÊMICA
Foto de Simone de Beauvoir: Art Shay explica
NOUVELOBS.COM / 16.01.2008 / 15:19

Após as reações provocadas pela capa do Nouvel Obs de 3 de janeiro, o autor da foto de Simone de Beavoir nua, se explica.

Contactado pelo Le Nouvel Observateur, Art Shay, o fotógrafo americano que fez o retrato de Simone de Beauvoir nua, publicado na capa do Nouvel Obs de 3 janeiro nos conta a estória por trás dessa foto.

"Um resumo detalhado das circunstâncias pelas quais eu fiz essa foto é relatado no livro de Hazel Rowley, publicado ano passado, "Tête à Tête"... Estritamente falando, sim essa fotografia foi roubada, segundo uma ótica feminista.
Vamos nos situar no contexto: meu amigo Nelson Algren estava chateado pois seu apartamento, que ele alugava por 10 dólares por mês, não tinha nem banheira, nem ducha. Então ele me pediu para ver um lugar para que Madame (em francês no texto, NDR - Nota Da Redação), pudesse tomar um banho de banheira ou uma ducha. Ele me preveniu com humor que uma "Frenchy", como ele dizia, raramente fechava a porta, ainda mais com uma dobradiça de porta quebrada. Uma jovem conhecida me emprestou as chaves de seu apartamento. Ela as deixou sob o capacho. Eu fui pegar Simone na casa do Nelson e a levei por cerca de 15 minutos, andando pro norte, pra casa da minha amiga. Na ida, como no caminho de volta, ela me perguntou de forma muito direta sobre minhas atividades como marido e pai de família. Se eu era fiel. Se eu amava minha esposa. "Nelson já tentou seduzir sua mulher?" (Nessa época Nelson seduzia muitas mulheres, mas não a minha). Eu a perguntei se ela era fiel, se era fiel a Jean-Paul Sartre quando estava na França, e fiel a Nelson quando ela estava em Chicago. Ela me replicou, "você é um ótimo repórter, meu jovem". Mas ela não respondeu.
Como jovem fotógrafo da Life Magazine, eu sempre levava minha Leica comigo. E esse dia não era exceção. Você precisa entender que para mim, Madame não era "uma instituição" nessa época, era acima de tudo a amante estrangeira do meu amigo, um homem que ela apreciava sobretudo pelo prazer que ele proporcionava, de um grau de satisfação bem maior que nas relações sexuais que elas então tinham na França. Nelson também me contou (como conta Bettina Drew em sua biografia sobre Nelson, "A Life on the Wild Side"), que o único livro dessa "famosa Madame" que ele tinha lido e o único publicado em inglês na época: "A Ética da Ambigüidade"... e acrescentou: "ler isso, é ficar boiando. Se você entender o sentido, me envie um cartão postal". Ele sempre brincalhão.
É importante precisar para as leitoras feministas da revista que Algren foi um dos primeiros defensores dos direitos das mulheres. Foi lá mesmo, em seu apartamento sem sala de banho, na Avenida Wabansia, 1523, que Simone lhe mostrou as primeiras notas sobre o "Segundo Sexo". A única crítica de Nelson é que ela havia praticamente ignorado as corajosas mulheres americanas que bem cedo se juntaram ao combate: Sojourner Truth - a evangelista negra nascida em 1797... Elizabeth Candy Stanton.. Susand B. Anthony... Ida B. Wells... Margueret Sanger... (a pioneira do controle de natalidade)... Ensinando ou enriquecendo Simone de Beauvoir de conhecimentos sobre os primeiros combates pelos direitos das mulheres nos Estados Unidos. "Eu gastei uma fortuna para lhe enviar esses troços", ele reclamava.
Eu me encontrava então nessa situação, fotógrafo estagiário da Life Magazine (inicialmente contratado para carregar as sacolas e escrever as legendas), quando eu vi Beauvoir sair do banho e ficar se penteando na frente do espelho. Eu rapidamente tirei duas ou três fotos e ela escutou os cliques. "Você é um rapaz malvado", ela me disse, no entanto, ela nem me pediu para que eu parasse de fotografar, nem fechou a porta... A foto que vocês publicaram é para mim a melhor de todas. Eu entendo que a revista tenha usado Photoshop para corrigir a curvatura das pernas - mas eu acho que isso não acrescenta nada ao frescor da imagem original, muito pelo contrário. Tendo dito isso, eu também reconheço a necessidade de retocar as imagens para uma capa. Essa foto é uma das favoritas dos colecionadores que compram minhas fotos em Chicago.
Eu falei com Nelson das fotos de Simone mas ele parecia estar mais interessado em saber se ela teria ou não tentado me seduzir. Eu acho que eu fui negligente de não ter enviado uma cópia da imagem para "Madame", mas eu trabalhava os 7 dias da semana, e eu acredito, pensando nisso, que eu tinha medo que Nelson ficaria colérico se eu publicasse as fotos ou enviasse a ela e não a ele. Rapidamente, eu esqueci esse episódio. Quando eu reencontrei os negativos, sobre os quais também havia um retrato dela numa livraria, a publicação dessa foto não tinha até então nenhum valor de marchandise. Alias, eu fiquei anos sem as ampliar, porque o rolo das pranchas-contato com os negativos tinham sido perdidos numa inundação da nossa casa no Illinois. Mas eu tinha ampliado duas fotos sobre um filme maior, um Rolleiflex, e então eu possuía outros negativos... Eu sei que Nelson enviou à Simone um desses retratos duplos. Retrospectivamente, eu me dou conta, que meus horários sobrecarregados da época me fizeram perder (e vocês também perderam) uma formidável seqüência: Nelson continuava a me convidar, eu e minha mulher, para os weekends em sua casa de Miller Beach, onde Simone às vezes ficava. Se eu tivesse podido ir nessa casa, talvez eu pudesse ter fotografado ambos, Simone e Nelson, nus. Para mim, é o inverso do que cantava a amiga de Simone, Edith Piaf: "Je les regrette" - eu me arrependo - (NDR... em francês no texto).
Uma outra estória para guardar, nas páginas 136 - 137 do meu novo livro, "Chicago's Nels Algren", eu mostro Nelson batendo num saco de boxe, um punchbag, seus músculos abdominais protuberantes. Eu anotei em algum lugar: "Madame dizia que os músculos da minha barriga lembravam os de Marcel Cerdan" se gabava Nelson quando falava de Beauvoir. E ele acrescentava orgulhosamente: "talvez eu aguentasse segurar uns dois rounds contra o Cerdan".
Como os colecionadores de fotos reagem a essa foto? Com entusiasmo. Eu sou conhecido no fotojornalismo por ter sido o primeiro paparazzo a fotografar a máfia em 15 cidades e feito a cobertura de 55 estórias criminais para as revistas Time, Life, Fortune e Sports Illustrated. Um curto artigo na Life, escrito por seu maior jornalista especializado na sessão "cotidiano" (faits divers), Sandy Smith, dizia: "Art Shay é corajosamente ousado". O escritor Garry Wills escreveu no prefacio do meu livro "Album for an Age": "Minha admiração é, primeiramente, pelo talento e pela coragem de Shay que jamais enfraqueceram. Como isso é possível? Simplesmente olhe as fotos que ele faz".
Minha filha mais velha é advogada, é uma ardente feminista, que solicita ao meu próprio editor que ele publique um livro coescrito por ela chamado "O Guia dos Direitos Legais Para as Mulheres".
Ela não acha que eu tenha que me desculpar com quem quer que seja pelo meu trabalho e eu penso a mesma coisa.
Convide seus leitores a verem a ampliação original e muitas outras fotos minhas na minha exposição na Galeria Albert Loeb, rue des Beaux Arts (Paris), de 22 de abril até 28 de maio".

Art Shay

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FLICKR ATUALIZADO!



Pessoas!
O flickr do Coletivo Les Enfants Terribles está atualizado! Depois de alguns meses soltamos fotinhos novas das exposições passadas. Tem os bonequinhos super legais do Léo Vilela e os espelhos inteligentes da Lais K, além da obra Tabu do nosso colega Bruno Mendonça que deu início ao Projeto Cubo de Ensaio!

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Até a próxima!